quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Queda Livre

Este é o meu ano da decepção.

Acho que nunca vi tantas expectativas minhas terminando em frustração em um espaço tão curto de tempo. Estive olhando os gráficos da minha vida e comparei minhas realizações com meu grau de satisfação. Olhando apenas para a linha das realizações, me considero alguém acima da média. Mas quando olho para meu declinante grau de satisfação, me vejo cumprindo a maldição que reza que realizações e satisfações só se encontram se estiverem baseadas em nossa essência.

Eu acho que traí minha essência. Vivo uma nova adolescência ao me aproximar dos 40 anos sem saber se estou pronto para encarar o que ainda vem, ou se prefiro ficar amargando as desilusões que já vivi. Qualquer que seja a minha opção, não escapo de experimentar mais um pouco do fel da vida.

Não adiantam mais os manjados trocadilhos de autoajuda, as frases de efeito e todas esta besteirada de “everything's gonna be allright”. Sou parte do gado mais bovino da terra, que pasta assustado no meio de uma savana de predadores perniciosos. A consumação é só questão de tempo.

Sinto pena daqueles que estão a cair de um prédio de 70 andares e comemoram com bolo, festa e velas quando passam velozmente por cada andar rumo ao chão... e todos fazendo planos. É claro que é para se esquecer tanto da condenação quando da execução da sentença.

Enfim, diriam os otimistas, vamos aproveitar que a festa vai acabar.

A festa já acabou faz tempo.

2 comentários:

Robson disse...

Kramba, tá revoltado?! Tem horas q tb fico assim.

Nilton Cavalini disse...

Pois é. Olhando bem depois da raiva... que pessimismo! É o final do inverno que me deixa assim.