terça-feira, 29 de abril de 2008

Justiça

Amigos
Em homenagem à frase da semana de nossa amiga Eden, resolvi colocar uma curtíssima aqui.

Preso sob acusação de tentar furtar cinco galinhas em uma granja na cidade de Ibitinga, um rapaz de 25 anos foi levado à superlotada cadeia de (310 km a noroeste de São Paulo), revela reportagem de Juliana Coissi, publicada na edição desta terça-feira da Folha de S.Paulo. O ajudante de motorista de caminhão Valmes Pereira da Silva dividiu a cadeia com outros 25 detentos, em um espaço projetado para abrigar 12 pessoas. Aos finais de semana, a situação da cadeia se agrava, chegando a abrigar até 65 presos, já que o local serve de triagem para detidos em 20 cidades da região, mostra a reportagem. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u396719.shtml).

Vocês não concordam que ele deveria, ao invés de tentado, digo e repito “tentado” roubar galinhas, ter esganado sua filha e depois tê-la atirado do barranco onde mora? Ou talvez devesse ter planejado o assassinato de sua esposa, levado-a até o haras da família e lá disparado tiros nas costas dela?

Pois é, justiça só existe para quem pode pagar por ela? A justiça é mesmo uma mulher segurando uma balança, com os olhos vendados? Por que olhos vendados? Para não ver a verdade? Por que a balança? Para pesar o ouro de quem paga pelos seus serviços? Por que uma mulher? Uma mulher de bem, ou uma prostituta de alto preço, que só faz a felicidade daqueles que podem pagar por seus impagáveis serviços???

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Fútil

Ó mundo fútil!

Lula diz que para reduzir a inflação, tem que se produzir mais alimentos. É mole? Dizem que o preço dos alimentos puxou os índices de inflação para cima. Estão mais caros por causa do aquecimento global.

Está aí mais um item para promessas de campanha: "se for eleito, prometo acabar com o aquecimento global, pelo menos no Brasil".

Uma coisa que eu nunca imaginava está acontecendo, no entanto. Lula está tentando usar o pensamento sistêmico. Ele entendeu a causa primária da inflação neste caso. Só não entendeu que a diminuição na produção de alimentos não é o problema em si. Se eu fosse seu consultor diria a ele que a frase certa para o caso é: para reduzir inflação, tem que diminuir o aquecimento global. Mas como essa é a causa sistêmica e nenhum político do mundo (a não ser Al Gore, presumo) sabe como atuar numa causa destas, o melhor é continuar atacando o sintoma, ou fingindo isso.

Mas o que esperar num sistema (político neste caso) onde quem é pago para criar leis fica o tempo todo ocupado com escândalos internos e investigações que são da alçada da polícia? Isso mesmo, por que nossos legisladores perdem tanto tempo com CPIs quando nossas Leis e Constituição são tão rotas que já imploram por revisão urgente?

Ó mundo fútil! E essas são apenas algumas futilidades. Em meio a tudo isso ainda ouço o salário anual de milhões de dólares para um simples chutador de bola, logo depois da notícia que dá conta do índice de mortalidade infantil na África onde milhões de pessoas vivem com pouco mais de 1 dólar por dia (isso porque a cotação do dólar está em baixa).

E para fechar, tem a Ana Maria Braga que surgiu logo depois do jornal, parecendo uma boneca de cera. Tem tanta coisa naquela cara, que é impossível saber como foi ou seria a Diva do Botox, caso este não existisse... mais um ser fútil impestando as mentes fúteis das infelizes donas de casa.

É por isso que a mulherada quer trabalhar fora. Lá a futilidade pelo menos é remunerada.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Amigos

Este blog eu dedico aos amigos. Amigos de verdade. Não sei descrever o que distingue um amigo de verdade de um amigo convencional. Aliás, não acredito em amigos que não sejam de verdade, mas o que sei é que a gente logo sabe quem é amigo de verdade.

Um amigo de verdade quase nunca leva, mas sempre traz.

Um amigo de verdade pode até se ausentar, mas nunca falta. Está sempre por perto quando sabe que precisamos. E mesmo quando quem precisa é ele, sua simples presença nos faz bem. Um amigo de verdade nos fortalece até quando ele mesmo está fraco. É um dom de Deus.

Um amigo de verdade tem falhas que apreciamos e qualidades que invejamos. Na verdade, mesmo que não apreciemos suas falhas, suas qualidades nos fazem relevar tudo.

Tenho alguns amigos de verdade, e os amo de verdade e tenho certeza de que minha vida não seria a mesma, não fosse a participação deles em muitos, poucos ou raros momentos da minha história.

Obrigado amigo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mentira

De acordo com certa enciclopédia, "mentira é o oposto da verdade. Mentir geralmente envolve dizer uma falsidade a alguém que tem o direito de saber a verdade, e fazer isso com a intenção de enganar ou prejudicar a este ou a outro" (Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol II, página 807).

É fácil para o mentiroso fazer uma declaração falsa sobre outra pessoa. Embora não apresente provas, sua mentira cria dúvidas, e muitos crêem nele sem investigar a sua afirmação. Assim se prejudica a reputação do inocente, e ele arca com o fardo de provar a sua inocência. Portanto, é frustrador quando as pessoas acreditam no mentiroso em vez de no inocente, e isso destrói o relacionamento do inocente com o mentiroso.

Afirmações como "este homem é seu amigo íntimo", dito a uma mulher casada é um exemplo de de afirmação insidiosa. É como perguntar a um sujeito, diante de muitas pessoas: "e então, você parou de bater na sua mãe?". Se o sujeito não responder nada, ou se responder, sua reputação já foi posta em dúvida.

Jurar em juízo e mentir em seguida é amoral, imoral e antiético. Uma pessoa capaz disso se esquece de que há um Deus da Verdade observando tudo e que um dia vai colocar todas essas afirmações na sua MESA de JUIZ e fazer o acusador provar suas afirmações. Se esquece de que há um sistema de coisas que zela pela verdade e que mesmo negada, esta sempre está à vista.

A vantagem de viver mentindo, é a liberdade da irresponsabilidade, da falta de compromisso com o bem do próximo, do completo desprezo pela ordem correta das coisas.

A desvantagem é que este tipo de pessoa vive num mundo de faz de conta em que nada é confiável, todos são suspeitos. Viver assim, é uma penitência em si. Mas não é a única penitência.

Por isso, meu filho, não minta. Se jurar ou não jurar, é melhor morrer que esconder a verdade. Porque a verdade não dita a quem precisa saber é um veneno que mata lenta e dolorosamente.

É isso.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A imprensa julga

Vocês devem estar acompanhando o caso da morte da menina Isabela, de apenas 5 anos de idade. Uma ocorrência sinistra de desenvolvimento nebuloso. Tudo o que se sabe, com certeza, é que ela foi encontrada caída no jardim do prédio onde morava o pai.
Teria sido jogada?
Quem jogou?
Foi morta antes de ser jogada?
Foi o pai?
Foi a madrasta?
Foi o pedreiro?

Ninguém sabe e ainda nem tem como saber, mas ontem a imprensa já tinha o culpado e o parecer do júri popular. Nos jornais do tipo "mundo cão" não se cansou de mostrar as coletivas atrapalhadas do delegado responsável pelo caso, que uma hora dizia não ter a menor dúvida e na outra dizia não poder afirmar nada. Mas todos já conheciam os culpados e os populares até comentavam com palavras mordidas como é que um pai pode ser tão crápula.

Será que já se esqueceram daquele caso em que os donos de uma escola foram acusados de pedofilia em São Paulo, julgados, tempos depois, inocentados pela Justiça? Mas graças à implacável, tendenciosa e irresponsável cobertura promovida pela mídia, a escola foi destruída por populares e a vida dos proprietários foi completamente destruída.

Não pode haver precipitação em casos como estes. Se este pai não tiver envolvimento no que aconteceu, já imaginou a dor que deve estar sentindo? E por que a pressa nos envolvidos na investigação em ficar escorregando informações para a mídia? Não é porque rola interesses comerciais?

O problema é que a informação virou mercadoria. E como toda mercadoria, tem a qualidade de quem a produz. E nossa impressa tem se mostrado um fabricante sem qualidade e responsabilidade de informações fúteis e transitórias. Nossa mídia vive a era da informação fast-food. E cabe a nós comer ou não essa porcariada servida sem nenhum preparo adequado à nossa saúde intelectual.